05/04/2024 às 11h42min - Atualizada em 05/04/2024 às 11h42min

Caderneta de Poupança Registra Primeiro Aumento do Ano em Março

Pela primeira vez em 2024, a Caderneta de Poupança observou um incremento em seu saldo, marcando um episódio de entradas líquidas em março, superando as retiradas. Dados recentes divulgados pelo Banco Central em Brasília neste último dia 5, revelam um excedente de R$ 1,3 bilhão, com um volume de depósitos atingindo R$ 324,7 bilhões em comparação a R$ 323,4 bilhões em retiradas durante o mês. Além disso, os detentores de contas poupança receberam um total de R$ 4,9 bilhões em rendimentos, elevando o saldo total para R$ 975,8 bilhões.

Este resultado positivo se destaca especialmente ao ser contrastado com os meses anteriores; fevereiro e janeiro de 2024 experimentaram saídas líquidas de R$ 3,8 bilhões e R$ 20,1 bilhões, respectivamente. Essa tendência de crescimento é ainda mais notável ao compararmos com março de 2023, período no qual os saques superaram os depósitos em R$ 6,1 bilhões.

Em um contexto de endividamento elevado entre os brasileiros, o ano de 2023 fechou com uma retirada líquida da poupança totalizando R$ 87,8 bilhões, um valor expressivo, porém inferior ao recorde de R$ 103,24 bilhões observado em 2022, marcado por altos índices de inflação e dívidas acumuladas.

Impacto dos Juros na Poupança

A preferência por retiradas da poupança também pode ser atribuída à política de juros elevados. Entre março de 2021 e agosto de 2022, a taxa Selic foi incrementada em doze ocasiões consecutivas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, numa tentativa de controlar a inflação impulsionada pelo aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Após manter a taxa em 13,75% ao ano de agosto de 2022 até agosto de 2023, o BC reduziu a Selic para 10,75% ao ano, após seis cortes consecutivos, buscando ajustar-se às mudanças no panorama econômico.

Os anos anteriores demonstraram flutuações significativas na popularidade da poupança: enquanto 2021 viu uma retirada líquida de R$ 35,49 bilhões, 2020 registrou uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões, impulsionada pela instabilidade do mercado de títulos no começo da pandemia de COVID-19 e pelos depósitos do auxílio emergencial em contas poupança digitais geridas pela Caixa Econômica Federal.


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