Na mais recente sessão plenária da Câmara dos Deputados, realizada na noite de quarta-feira (11), a maioria dos representantes de Mato Grosso no Congresso Nacional expressou sua oposição à prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). Brazão, capturado pela Polícia Federal, enfrenta acusações de ser um dos principais articuladores do homicídio da vereadora Marielle Franco. Dos oito deputados federais do estado, cinco votaram pela libertação do parlamentar.
Os votos pela soltura emanaram de Abilio Brunini (PL), Amália Barros (PL), Coronel Assis (União Brasil), Coronel Fernanda (PL) e José Medeiros (PL). Contrariamente, Emanuelzinho (MDB), Gisela Simona (União Brasil) e Juarez Costa (MDB) defenderam a continuidade do encarceramento.
A deliberação da Casa legislativa culminou na manutenção da prisão de Brazão, com um placar de 277 votos a favor da detenção contra 129. Houve, ainda, 28 abstenções. A decisão, que exigia a concordância da maioria absoluta dos parlamentares (257 votos), seguiu a recomendação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). O parecer, elaborado pelo deputado Darci de Matos (PSD-SC), advogava pela prisão preventiva de Brazão sob a alegação de flagrante por crime inafiançável de obstrução à Justiça, associado ao envolvimento com organização criminosa. O mandado de prisão foi expedido por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e ratificado pela 1ª Turma do STF.
Expulso do partido União Brasil, Chiquinho Brazão encontra-se recluso desde o dia 23 do mês passado. Ele é suspeito, junto ao seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, de ordenar o assassinato de Marielle Franco (Psol) e seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, na região central do Rio de Janeiro. Na época do crime, Brazão exercia o cargo de vereador na capital carioca.
