Mato Grosso consolidou sua posição como segundo maior produtor de etanol do Brasil, superando Goiás, com uma produção recorde de 5,72 bilhões de litros na safra 2023/2024, marcando um aumento de 32% em relação à safra anterior. Este crescimento destaca o estado como um líder na produção de etanol de milho, contribuindo significativamente para a matriz energética renovável do país.
Das 18 plantas de biocombustíveis no estado, nove são dedicadas exclusivamente ao etanol de milho, enquanto quatro são flex, processando tanto milho quanto cana-de-açúcar. Essa diversificação de matéria-prima fortalece a produção sustentável de etanol no estado. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou a importância dos incentivos fiscais e da verticalização da produção agrícola na promoção de um crescimento econômico responsável e ambientalmente sustentável.
O Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic) desempenha um papel vital ao oferecer incentivos fiscais que estimulam a produção e o consumo de biocombustíveis e seus subprodutos. A gestão de incentivos varia de acordo com a capacidade de produção das indústrias, incentivando tanto pequenas quanto grandes operações.
Para a safra 2024/2025, espera-se que a produção total de etanol em Mato Grosso alcance 6,30 bilhões de litros, com projeções indicando que a capacidade de produção de etanol de milho pode chegar a 9 bilhões de litros até a safra 2032/2033. Vanessa Gash, gestora de Desenvolvimento Regional do Imea, apontou que Mato Grosso já responde por 80% da produção nacional de etanol de milho, com expectativas de crescimento contínuo.
A indústria de biocombustíveis não apenas impulsiona a economia de Mato Grosso através da produção de energia limpa, mas também é uma importante geradora de empregos. De acordo com Pedro Máximo, gerente do Observatório da Indústria do Sistema Fiemt, cada emprego na indústria de biocombustível gera outros 13 na economia estadual, refletindo um impacto significativo no mercado de trabalho local.
A expansão da produção de etanol em Mato Grosso apresenta desafios, especialmente em relação à necessidade de mão de obra qualificada. O crescimento da agroindústria tem pressionado a oferta de trabalhadores qualificados, exigindo soluções inovadoras para equilibrar crescimento e sustentabilidade.
Em resumo, a evolução de Mato Grosso no setor de biocombustíveis demonstra um compromisso com o desenvolvimento sustentável, reforçando seu papel crucial na transição energética do Brasil para fontes mais limpas e renováveis. Com o apoio continuado do governo estadual e incentivos adequados, o estado está bem posicionado para continuar liderando na produção de biocombustíveis no Brasil.