O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 0,8% no primeiro trimestre de 2024, em comparação ao quarto trimestre de 2023, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse avanço, na série com ajuste sazonal, foi puxado principalmente pela forte alta na Agropecuária (11,3%) e pelo crescimento dos Serviços (1,4%), enquanto a Indústria (-0,1%) manteve-se estável.
#### Desempenho por Setor
**Agropecuária:** - A Agropecuária destacou-se com um crescimento expressivo de 11,3%, sendo o principal motor do PIB neste período.
**Serviços:** - O setor de Serviços cresceu 1,4%, com destaque para Comércio (3,0%), Informação e comunicação (2,1%), Outras atividades de serviços (1,6%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Transporte, armazenagem e correio (0,5%). - Houve estabilidade em Intermediação financeira e seguros (0,0%) e um leve recuo em Administração, saúde e educação pública (-0,1%).
**Indústria:** - A Indústria geral se manteve estável (-0,1%), com quedas nas atividades de Eletricidade e gás, água, esgoto, gestão de resíduos (-1,6%), Construção (-0,5%) e Indústrias Extrativas (-0,4%). - A Indústria de Transformação apresentou um desempenho positivo, com crescimento de 0,7%.
#### Perspectiva de Despesa
Na análise das despesas: - A Despesa de Consumo das Famílias aumentou 1,5%. - A Formação Bruta de Capital Fixo, que reflete os investimentos, cresceu 4,1%. - A Despesa de Consumo do Governo registrou estabilidade (0,0%).
**Setor Externo:** - As Exportações de Bens e Serviços apresentaram um pequeno crescimento de 0,2%. - As Importações de Bens e Serviços tiveram um aumento significativo de 6,5%.
#### Comparação Anual
Comparado ao primeiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 2,5% no primeiro trimestre de 2024. O Valor Adicionado a preços básicos subiu 2,3% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram 3,4%.
**Agropecuária:** - Houve um recuo de 3,0% na Agropecuária em relação ao mesmo período do ano anterior, impactado pela queda na produção de soja (-2,4%), milho (-11,7%), fumo (-9,6%) e mandioca (-2,2%), apesar da contribuição positiva da Pecuária.
**Indústria:** - O setor industrial cresceu 2,8%, com destaque para as Indústrias Extrativas (5,9%) devido à alta na extração de petróleo, gás e minério de ferro. - Eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos cresceram 4,6%, impulsionadas pelo aumento do consumo residencial. - A Construção registrou um crescimento de 2,1%, a segunda alta consecutiva, e a Indústria de Transformação cresceu 1,5%, com destaque para a fabricação de produtos derivados de petróleo, biocombustíveis, alimentos e bebidas.
Os dados mostram um crescimento robusto da economia brasileira no início de 2024, liderado pela Agropecuária e pelos Serviços. No entanto, a estabilidade e os desafios na Indústria apontam para a necessidade de políticas e investimentos que possam equilibrar o crescimento entre os diferentes setores da economia.