21/06/2024 às 11h45min - Atualizada em 21/06/2024 às 11h45min

Prisões Preventivas de Empresários decretadas no Caso Operação Rota Final

O juiz João Fuilho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, decretou as prisões preventivas dos empresários Andrigo Gaspar Wiegert e Glauciane Vargas Wiegert, filho e nora do falecido ex-deputado estadual Pedro Satélite. Ambos são réus na Operação Rota Final, que investiga um esquema de recebimento de propina por empresas atuantes no transporte intermunicipal de passageiros em Mato Grosso.

### Acusações e Pedido de Prisão

Andrigo e Glauciane são acusados de envolvimento na lavagem de dinheiro que teria sido recebido ilegalmente por Pedro Satélite. As prisões ainda não foram executadas. O Ministério Público Estadual (MPE) solicitou a prisão do casal devido à dificuldade de localizá-los para citação, o que tem prejudicado a instrução processual. Segundo o MPE, os acusados estão em local incerto, dificultando a aplicação da lei penal e indicando uma tentativa de escapar de uma possível condenação.

### Decisão Judicial

Na decisão, o juiz ressaltou que as prisões são necessárias para garantir a ordem pública, destacando a gravidade do crime imputado. "A postura dos denunciados, de ocultação de seu paradeiro, demonstra a intenção de dificultar a apuração da verdade e a regular instrução processual. Além disso, a defesa sequer trouxe aos autos o endereço atual dos acusados", afirmou o magistrado.

O juiz também mencionou que não é aplicável, neste caso, a imposição de medidas cautelares diversas da prisão. "Além de presente fundamento da preventiva, no caso vertente não está excluída, por inteiro, a possibilidade de fixação do regime fechado", pontuou.

### Defesa e Habeas Corpus

A defesa do casal, representada pelo advogado Artur Barros Freitas Osti, já ingressou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça para tentar reverter a decisão. A defesa argumenta que a "mera não citação do acusado" não justifica a decretação da prisão preventiva. Além disso, aponta que a decisão menciona o crime de tráfico de drogas, enquanto os réus são acusados de lavagem de dinheiro.

A defesa também destacou que os réus já se manifestaram no processo e que a decisão ordena a citação de outros corréus igualmente não citados. Argumenta ainda que o casal Wiegert não está em situação mais grave que outros réus no processo e que, agora, o endereço dos acusados é conhecido, inclusive pelo juiz responsável pelo caso.

Este desenvolvimento na Operação Rota Final marca mais um capítulo importante na investigação de corrupção no transporte intermunicipal de Mato Grosso, com implicações significativas para os envolvidos e para a justiça estadual.

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