09/04/2024 às 16h48min - Atualizada em 09/04/2024 às 16h48min

TRE-PR Dividido na Decisão de Cassação do Mandato de Sergio Moro

Em uma disputada votação no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), sediado em Curitiba, o desembargador Julio Jacob Júnior expressou seu voto a favor da cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR), conhecido por sua atuação como juiz da Operação Lava Jato. Com esse voto, o placar atual da votação é de 3 a 2 contra a cassação de Moro, marcando a quarta sessão do julgamento.

Os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza (relator), Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz anteriormente votaram contra a cassação, enquanto o desembargador José Rodrigo Sade já havia se manifestado a favor. A análise se aprofunda em acusações de que Moro teria se beneficiado de uma pré-campanha que envolveu gastos elevados com voos de jatinho, segurança, impulsionamento de conteúdo em redes sociais e produção de vídeos promocionais, que teriam prejudicado a igualdade de condições entre os pré-candidatos.

Julio Jacob Júnior destacou que os atos de pré-candidatura de Moro implicaram no uso extensivo de recursos, afetando a competição justa pelo cargo. "Esse resgate, pelo comprovado nos autos, aconteceu com a utilização indistinta e desmedida de recursos públicos", afirmou o desembargador, referindo-se aos esforços de Moro para reconstruir sua imagem pública.

O contexto da disputa remonta ao final de 2021, quando Moro ainda estava filiado ao Podemos e demonstrava interesse na candidatura à Presidência. As acusações, apresentadas por partidos adversários, sugerem que a pré-campanha teria se beneficiado de "altos investimentos financeiros", conferindo a Moro uma vantagem indevida sobre outros candidatos ao Senado pelo Paraná.

O Ministério Público aponta gastos de cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário na filiação de Moro ao Podemos e na contratação de serviços para sua promoção pessoal. Por outro lado, acusações adicionais de partidos políticos como o PL e o PT elevam os supostos gastos irregulares para cifras ainda mais significativas.

Em defesa, o advogado de Moro, Gustavo Guedes, argumentou pela legalidade das ações de pré-campanha, negando que a eleição tenha sido influenciada por essas atividades. A defesa sustenta que Moro conquistou seu mandato sem depender dos supostos gastos excessivos e questiona as bases das acusações.

O julgamento segue em andamento, aguardando os votos dos demais desembargadores para determinar o futuro político de Sergio Moro.


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