O Ministério Público Estadual (MPMT) denunciou o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e três colaboradores por suposta fraude na fila de vacinação contra a COVID-19. A acusação, ainda pendente de análise pelo Tribunal de Justiça desde janeiro, envolve também Antônio Monreal Neto, chefe de gabinete do prefeito, Gilmar de Souza Cardoso, Coordenador Técnico de Tecnologia e Informática da Secretaria Municipal de Saúde, e Marco Polo de Freitas Pinheiro, irmão do prefeito.
De acordo com o promotor de Justiça Carlos Roberto Zarour Cesar, os quatro, agindo em conjunto, utilizaram-se de seus cargos para beneficiar indevidamente 62 pessoas com antecipações na fila de vacinação. A investigação apontou que o prefeito encaminhou diretamente cerca de 26 solicitações de agendamento para Gilmar de Souza Cardoso, que então teria procedido à antecipação dos agendamentos.
Apesar das acusações, o prefeito Emanuel Pinheiro, por meio de sua assessoria, negou qualquer irregularidade. Afirmou ter sido vacinado três dias após a abertura de agendamento para sua faixa etária e destacou a transparência da campanha Vacina Cuiabá. Pinheiro reiterou que a campanha seguiu rigorosamente as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI) e mencionou a Lei 6.661/2021, que estabelece multa para quem furar a fila, como prova de seu compromisso com a imunização justa e ordenada.
O caso ganhou visibilidade como parte das investigações da Operação Capistrum, que também apura acusações de superfaturamento de insumos e compras sem licitação durante a pandemia. As autoridades continuam a investigar os detalhes do caso enquanto os acusados preparam suas defesas.
